Gastar 300 calorias por dia é o mínimo para sair do sedentarismo, diz fisiologista

Quem pratica atividade física regular na academia, pedala, nada ou corre certamente atinge este índice com facilidade. O desafio é o cidadão que não adotou a prática de exercícios como hábito

falta de atividade física regular é uma tendência progressiva em muitos países com repercussão direta no ganho de gordura corporal. O aumento dos índices de sobrepeso e obesidade não ocorreu somente no Brasil. Países como a França e outras comunidades europeias que historicamente se caracterizavam por hábitos de vida saudáveis e quase ausência de obesidade, também passaram a ter crescimento assustador desse problema.

Tal quadro já se desenhava a várias décadas, e epidemiologistas dos principais centros de pesquisa no mundo todo passaram a desenvolver projetos de investigação para apontar possíveis soluções para o problema. Um desses projetos e o que se tornou mais famoso foi desenvolvido na década de 70 na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, por um grupo de pesquisadores liderado por aquele que veio a se tornar a maior referência nessa área, o Dr. Ralph Paffenberger.

Adeus, sedentarismo: saia do sofá para fazer exercícios e queime calorias (Foto: Istock Getty Images)

Este pesquisador desenvolveu um estudo de vários anos de duração para investigar qual o mínimo de atividade física regular que pode prevenir a incidência de problemas associados com ganho de peso e doenças crônico-degenerativas que aumentam os índices de mortalidade. O estudo envolveu alunos e ex-alunos de Harvard e foi desenvolvido por vários anos, tendo sido publicado no final da década de 70. Apesar de ser um artigo publicado à quase quarenta anos, continua sendo referencia até para normas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo o estudo, o nível mínimo de atividade para um indivíduo não ser considerado sedentário e diminuir a probabilidade de “morrer mais cedo” é ser capaz de gastar 2200 quilocalorias (kcal) por semana em atividades físicas regularmente. Isso significa gastar em média 300 kcal por dia com os mais diferentes tipos de movimento.

É importante falar em movimento porque para este cálculo podem e devem ser computadas todas as atividades que representam uma elevação do gasto calórico de repouso. Quem pratica uma atividade física regular de academia, pedala, nada ou corre certamente atinge este índice com facilidade.

O desafio é o cidadão que ainda não adotou a prática de exercícios como hábito. Para este indivíduo gastar 2200 kcal por semana seria preciso mudar hábitos. Deixar de lado certos confortos, vencer a preguiça e se tornar mais ativo. Fazer caminhadas, usar menos o elevador, a escada rolante e etc.

E para aqueles que entendem que são muito ativos sexualmente e só isso pode atender a solicitação imposta pelo Dr. Paffenberger vai aqui um cálculo: uma relação sexual representa em média um gasto de 100 kcal. Portanto, para deixar de ser sedentário apelando somente para atividade física sexual, seria preciso computar 22 relações semanais! É melhor começar a caminhar…

Fonte: GE

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