Quem nunca tomou um remedinho depois de suar litros na academia que atire a primeira pedra. Relaxantes musculares e analgésicos são os medicamentos mais consumidos pelos brasileiros e bastante utilizados após a prática esportiva, especialmente por quem busca um corpo definido na academia. Sabe aquela hora em que bate uma sensação de braços e pernas pesados? Isso se chama fadiga muscular.
A verdade é: se você se exercitar e tomar um relaxante muscular depois, o seu esforço terá sido em vão. O desconforto pós treino está relacionado a hipertrofia muscular, que acontece quando os músculos do corpo respondem aos estímulos, crescem (hipertrofiam) e resultam no chamado ganho de massa magra. Os anti-inflamatórios inibem as enzimas necessárias para que haja resposta do corpo ao exercício intenso. Talvez por isso muitas pessoas malham durante meses, fazem dieta e mesmo assim não conseguem um abdômen definido ou um ganho efetivo de massa muscular como gostariam.
Além do retardo no resultado da atividade física para o seu corpo, a questão esbarra no costume do brasileiro em se automedicar. No país, a venda de relaxantes musculares, anti-inflamatórios e outros remédios não precisam de prescrição, por isso tais medicamentos ficam ao alcance das mãos em qualquer farmácia.
– A automedicação pode mascarar problemas graves, como uma distensão muscular, lesões nas articulações ou ligamentos e até problemas neurológicos, como a fibromialgia. Tudo isso pode piorar caso a pessoa continue a prática desportiva – explica Marcelo Nunes, fisioterapeuta do Itabaiana, clube de Sergipe parceiro da W A Sport.
Para não atrapalhar o rendimento do seu treino e não comprometer a sua saúde, troque o relaxante muscular por bolsas de gelo nas regiões mais doloridas. E não se esqueça: a dor é um alerta de que algo está acontecendo com o seu corpo. Busque a sua boa forma, mas lembre-se que o seu bem-estar está acima de qualquer resultado.
– Acredita-se na atividade física como uma forma de restaurar a saúde dos efeitos nocivos que a rotina estressante do dia a dia traz. Além disso, dentre as diferenças na qualidade de vida das pessoas que praticam atividades não estão apenas os aspectos de saúde física, mas também aspectos psicológicos e cognitivos, o que proporciona um ganho significativo na qualidade de vida – considera o profissional.
Fonte: wasport
