Malhação pós-parto: Como a dança pode ajudar na volta para academia

Desde que minha filha nasceu, há quase 9 meses, minha relação com academia e exercícios mudou. Antes eu era corredora de carteirinha, também adorava treinos funcionais, musculação e ioga. Logo que acabou a quarentena pós-parto e meu médico me autorizou a voltar a treinar normal (deixando claro que eu precisava beber quantidades indecentes de água, já que estava amamentando), me matriculei na Les Cinq, em São Paulo. Além de ter aulas legais e uma superestrutura, é pertíssimo de casa – com bebê pequeno, era o que eu precisava: academia ao alcance dos pés.

Voltei desesperada por duas coisas: retomar minha forma física (doce ilusão, naquela altura do campeonato) e, principalmente, gastar energia, produzir endorfina para ficar feliz, animada, naquele estado maravilhoso que só um bom cardio é capaz de trazer. Logo de cara, comecei a fazer Q-Zone, uma aula puxada de circuito que mistura corrida na esteira, bicicleta, remo e exercícios com peso, sobe e desce na caixa, corda, etc. Vários estímulos e, no pulso, um medidor cardíaco que vai avisando em que zona você está – vermelha e laranja são as mais indicadas para um bom gasto calórico. Além desta aula, que achava divertidíssima, mas não conseguia performar muito bem (seios cheios de leite, corpo pesado), comecei a fazer musculação e treinos rápidos na escada, às vezes aparecia em uma aula de Ballet Fitness, mas não é o meu forte, definitivamente. Ia com frequência na academia, mas não estava encontrando uma atividade que realmente me preenchesse.Saía de lá com a missaõ cumprida, mas não exatamente realizada. 

Certo dia cheguei para a aula de Q-Zone uma hora atrasada (confundi o horário totalmente) e o professor Cleber Loureiro me botou pilha para entrar no Q-Dance, que ele ia ministrar dali a minutos. Fiquei meio contrariada: “Ah, será? Mas queima bastante?” – foi minha primeira pergunta (ah, a nóia das calorias!). Ele foi sincero e me disse que no começo é mais devagar, pois eu ia ter que pegar a coreografia para conseguir suar bastante.

Mesmo assim decidi dar uma chance – e foi uma melhores decisões! A aula lota de meninas e também meninos que saem fazendo coreografias afiadíssimas de pop, funk, samba, latinas, disco: hits dançantes de Justin Timberlake, Kesha, Ed Sheeran, Anitta, Pabllo Vittar, Ludmilla e muito mais. Modéstia à parte, me saí bem logo de cara. Acho que tem a ver com os bons tempos de aulas de jazz e sapateado na infância somados ao fato que simplesmente sempre adorei dançar e fazer coreografias. No colegial era a líder da aula de dança e, num casamento que fui madrinha, há uns cinco anos, inventei uma coreografia com as melhores amigas e a noiva e nos apresentamos em plena pista de dança.

No começo me concentrava para imitar o professor, depois de algumas aulas os passos começam a ficar mais claros na cabeça. A sequência de músicas é sempre a mesma, o que faz com que fique mais fácil de dominar cada pulo, giro e slide (sim, já estou falando como uma entendida no assunto!). Na última coreografia do dia,Cleber ensina o passo a passo de um novo hit e no fim dançamos com música. Importante: o astral do professor, sempre lá em cima, faz com que todo mundo se anime e dance sem julgamentos. Tem pessoas de níveis diferentes e, se não der para pegar o passo, dá para disfarçar (dançando, claro!).

A cada treino de uma hora chego a gastar umas 400 calorias – saio com o top totalmente molhado – e feliz! Me animei tanto que também comecei a fazer outra aula de dança da grade da academia, a Pop Dance, baseada nos movimentos das danças de rua. Cada aula aprendemos uma única e nova coreografia – no fim, é como se estivéssemos dentro de um videoclipe. A professora, Bella Fernandes, é dançarina fera e coreógrafa no reality show Dancing Brasil, da Record. A aula é bem puxada (alô coordenação motora) e mais técnica – diferente da QDance, cada movimento é milimetrado e ensaiado dezenas de vezes. São duas propostas diferentes que têm sido uma verdadeira terapia para mim. Quando estou dançando não checo o celular e pratico o taõ falado mindfullness – estou ali de corpo e alma, focada apenas nos passos e em me divertir. Se começo a pensar em problemas, trabalho e afazeres, me distraio e a coreografia vai por água abaixo – última coisa que eu quero!

Fonte: Vogue

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